Queijo azul, Gorgonzola e Roquefort: qual a diferença? 🧀

08/12/2023 14:42

QUEIJO AZUL: É considerado um queijo gordo, de massa crua, feito com leite pasteurizado integral, que utiliza fungos específicos (Penicillium roqueforti), encarregados de conferir ao produto características típicas. Entre 5 e 11 dias de maturação, é perfurado com agulhas de aço, para que ocorra a entrada de oxigênio e eliminação de gás carbônico e o desenvolvimento do P. roqueforti. Assim, a cultura vai se multiplicando em toda a massa do queijo e criando o aspecto de mofo azul.

QUEIJO ROQUEFORT: De acordo com o Decreto N° 9013/2017 “O queijo tipo ‘Roquefort’ é obtido de leite cru ou pasteurizado, de massa crua, não prensado, devidamente maturado pelo espaço mínimo de 3 meses. O PRODUTO TEM SUA ORIGEM NA REGIÃO DE ROQUEFORT-SUR-SOULZON, NO SUL DA FRANÇA. Esse queijo possui selo de indicação geográfica, ou seja, o verdadeiro queijo Roquefort é produzido em Roquefort-sur-Soulzon; e é fabricado exclusivamente com leite de ovelha utilizado no estado cru e coalhado.

QUEIJO GORGONZOLA: Ainda de acordo com o Decreto N° 9013/2017 “O queijo tipo ‘Gorgonzola’ é de fabricação idêntica a do tipo “Roquefort’, diferenciando-se deste apenas por ser fabricado exclusivamente com leite de vaca”. NESSE CASO, A ORIGEM É A CIDADE DE GORGONZOLA, NA ITÁLIA. Da mesma forma, o verdadeiro queijo Gorgonzola é aquele produzido na cidade italiana; e ele é fabricado exclusivamente com leite de vaca.

 

Resumindo… 🧀🧀🧀

No Brasil: os queijos tipo Roquefort e tipo Gorgonzola são chamados de queijo azul, por conta da sua cor característica.

Na França: o queijo azul de lá é o Roquefort, produzido exclusivamente com leite de ovelha.

Na Itália: o queijo azul clássico é o Gorgonzola, produzido com leite de vaca.

 

Interessante, né?!

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REFERÊNCIAS:

  • BRASIL. Decreto n° 9013, de 29 de março de 2017.
  • VIDAL, Ana Maria Centola; NETTO, Arlindo Saran. Capítulo 6 – Fluxograma de produção de leite e derivados. In: VIDAL, Ana Maria Centola; NETTO, Arlindo Saran. Obtenção e processamento do leite e derivados. Pirassununga: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, 2018. p. 190-207.